domingo, 25 de outubro de 2009

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Ela está como todos os outros dias. Ela tenta disfaçar o quanto tem vontade de olhar cada movimento, e cada passo do rapaz que tanto deseja em seus sonhos secretos. Mas já não é mais segredo que ela não é correspondida. É assim com todas as princessas que são apagadas.
Na fila do almoço, ela está com a sua bandeja na mão, fecha os olhos e em 3 segundos sonha com uma vida inteira. Ele não sabe o quanto ela está vazía, e o quanto sofre por não ser percebida, então ela diz:

-Oi! (o medo e todo nervosismo do momento transparece em seu rosto como se fosse uma máscara, suas mãos transpiram e mais uma vez ela tenta um diálogo que seja e).

Ele responde:
-Oi! Qual o seu nome mesmo? (vira e saí andando sem esperar uma resposta)

Ela sai chorando, caindo pelas escadas, e sentindo que tem que se libertar de tudo isso que a faz sofrer. Ao sair correndo pela avenida, ela é atingida por um carro e seu corpo vôa a 3 metros do chão em plena liberdade com o ar, enquanto sua alma se retira e se livra de tudo que a fez sentir medo, dor, insegurança. Logo o motorista sai fuigindo e o rapaz aparece acompanhado de todos que estavam na frente da escola. Todos sabiam quem era ela (a menina que não seguia as tendências), mas ninguém sabia qual era seu nome. Ninguém sabia que morta ela já estava a muito tempo antes do acidente. Que seu coração e sua alma eram estilhaçados todos os dias, e que ela só queria, amor, e nada mais alí estava. Nem ela, nem ele, nem amor ,e nem mesmo alma.

sábado, 10 de outubro de 2009

Perdido


Não sei onde estou,
Mas vou continuar andando por aqui.
Está tudo tão belo esta noite
Que eu me envolvo até com o que não me agrada
E transformo tudo em poesia.
Me tirem do fosco, pois eu quero luz em mim.
Cores infinitas.
Vou, sigo, volto e paro
Para olhar a manhã estrelada
Algo me diz que o que vejo
São mágicas ocultadas em corações desolados.
Estou perdido dentro de canções
Alguém me ache e me leve embora.
Embora para a canção mais profunda
Que se esconde dentro de mim.
Dentro de um sorriso melódico
Detro de uma reencarnação do encanto.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Silêncio

Tudo na vida tem limites, mesmo quando nós não pensamos e não prestamos real atenção nas barragens de segurança. Existem situações que o limite chega ao fim, aí tudo que ultrapassa a linha vermelha se torna indiferente. Ficam as lembranças, músicas e tudo de bom que se teve um dia.



The end.